Os postos de gerência e de chefia estão sempre muito próximos a uma relação de confiança que deve ser estabelecida para o desempenho das atividades. Por […]
Os postos de gerência e de chefia estão sempre muito próximos a uma relação de confiança que deve ser estabelecida para o desempenho das atividades. Por essa razão, essa ocupação é caracterizada e reconhecida como cargo de confiança.
Os profissionais que ocupam esses postos se diferem dos outros em diversos aspectos. Se você quer entender melhor o panorama do cargo de confiança, continue conosco. Neste post, você entenderá o que ele significa, qual o perfil do profissional para assumir essa função, as regras de contratação e os deveres envolvidos. Aproveite!
O que é um cargo de confiança?
Um cargo de confiança é aquele em que um funcionário da alta gestão adquire poder concedido de influenciar diretamente nas decisões da empresa. Para isso, ele acaba contraindo responsabilidades e autonomias superiores aos demais funcionários, assemelhando-se aos poderes e funções do dono da empresa.
O cargo de confiança só é caracterizado pela credibilidade que o profissional tem para assumir certas responsabilidades dentro da empresa. É por isso que nem todo posto de gerente é, necessariamente, um posto que exige alta confiabilidade.
Além disso, ele precisará demonstrar conhecimento e habilidade para tomar decisões de forma autônoma, respondendo por elas sempre que preciso. Em geral, esses cargos são assumidos para os níveis de gerência, diretoria, administração ou chefia de departamentos. Desse modo, eles não precisarão se reportar a superiores diretos.
Qual o perfil do profissional para essa função?
A escolha do perfil profissional ideal para assumir o cargo não é uma tarefa simples, especialmente porque exige confiança e credibilidade. Por isso, existem alguns indicativos que demonstram se o profissional está apto e se ele realmente se diferencia dos demais. Confira algumas condições essenciais a seguir.
1. Autonomia
É indispensável que o cargo de confiança demonstre certa segurança para tomar decisões que influenciam diretamente nos resultados do negócio. Isso é necessário, pois, nessa função, ele terá que tomar a frente em diversas situações sem nem mesmo consultar um superior.
2.Competência
Competência é o que define se as habilidades do profissional estão alinhadas com as necessidades do cargo. Isso significa que não adianta o dono da empresa simplesmente escolher alguém por afinidade, pois, essa pessoa precisa apresentar aptidão para solucionar todos os problemas comuns da área e os que poderão surgir.
Além disso, ter certa experiência e expertise no mercado é algo indispensável. Do contrário, confiar uma posição tão importante a um profissional despreparado pode colocar em risco toda a sustentabilidade do negócio.
3. Postura pessoal
Formação, aptidões e experiência são fatores-chave na escolha do cargo de confiança. No entanto, existem outros aspectos que também precisam ser avaliados e eles estão relacionados ao comportamento e posicionamento pessoal do colaborador.
Uma atitude positiva, bons relacionamentos interpessoais e habilidades como comunicação, proatividade e autogerenciamento são diferenciais relevantes na escolha. Apesar de ser um cargo de confiança, é muito importante que esse profissional consiga se engajar com o restante da equipe e desempenhe um bom trabalho em conjunto.
4. Reconhecido por todos
Não basta que o dono da empresa julgue o profissional digno de confiança se suas equipes não sentirem o mesmo. Liderar equipes que não acreditam na capacidade do gestor, diretor ou administrador, por exemplo, se torna muito mais difícil.
Por essa razão, a forma como a equipe percebe o cargo de confiança é importante para o estabelecimento. Só assim a empresa conseguirá otimizar seus resultados e o posto poderá influenciar positivamente o grupo.
Quais são as regras de contratação?
O profissional que ocupa um cargo de confiança conta com algumas outras condições diferenciadas. Para caracterizar esse posto, precisa-se respeitar detalhes como:
- ausência de jornada de trabalho fixa e controle sobre as horas trabalhadas;
- impossibilidade de registrar horas extras ou adicionais, já que precisa atender às demandas;
- gratificação extra superior em, pelo menos, 40% do salário e registro na carteira de trabalho;
- obrigação de atender as demandas empresariais independentemente da localização, sem receber aumentos por isso.
Além disso, é necessário formalizar a relação de trabalho por meio de 3 passos:
- contrato de trabalho: que deve discriminar a condição de não realização do controle de horas;
- carteira de trabalho e livro de registro: a alteração ou adesão ao cargo de confiança deve constar na carteira de trabalho e no livro de registro dos funcionários;
- recibos de pagamentos: a gratificação de pelo menos 40% deve constar no recibo de pagamento.
Essas etapas são importantes para evitar fraudes. É preciso tomar cuidado com funcionários que são promovidos para cargos com grandes responsabilidades e, mesmo assim, continuam ganhando um salário baixo. Em caso de demissão, esse profissional tem seus direitos trabalhistas calculados sobre um valor bem abaixo do que deveria.
Quais são os deveres desse profissional?
Apesar de contar com algumas vantagens, o profissional que assume um cargo de confiança tem algumas responsabilidades importantes pelas quais será cobrado. Diferente dos cargos que devem se reportar a um superior, o posto que exige uma maior confiabilidade precisa responder inteiramente sobre suas decisões, afinal, ele tem autonomia para tomá-las sozinho.
Por não cumprir um horário fixo e ter mais liberdade que os demais funcionários para tomar decisões, quem assume o cargo de liderança deve apresentar resultados baseados em metas. Isso significa que suas horas trabalhadas não são indicativos de desempenho, mas, sim, os marcos que ele atinge com seu trabalho.
Isso serve para estimular o cargo de confiança a se comprometer com os resultados efetivos do negócio e não apenas com uma jornada que estabelece um número de horas diárias que devem ser cumpridas. Dessa forma, a efetividade da sua presença na empresa conta mais do que sua assiduidade.
A legislação trabalhista prevê esse tipo de trabalho. No entanto, não traz as regras que configurariam essa condição de forma clara, já que alguns profissionais podem assumir as mesmas responsabilidades sem ser considerados cargo de confiança.
Dessa forma, a legislação se torna vaga sobre o assunto, principalmente quando consideradas as complexas relações do mercado de trabalho brasileiro. Assim, alguns tribunais trabalhistas definem os requisitos que caracterizam os cargos de confiança com base na análise individual dos casos.
Agora que você já conhece o cargo de confiança e como ele funciona, que tal compartilhar essa informação com os seus contatos nas suas redes sociais?