Executivos experientes e fintechs: parceria cada vez mais procurada

As startups financeiras, conhecidas como fintechs, estão, cada vez, mais atraindo executivos de alto nível, que já estiveram atrelados a marcas importantes de grandes grupos e corporações […]

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deBernt deBernt

As startups financeiras, conhecidas como fintechs, estão, cada vez, mais atraindo executivos de alto nível, que já estiveram atrelados a marcas importantes de grandes grupos e corporações internacionais.

Com a mudança no mercado e o fortalecimento dos negócios online e das moedas digitais, muitos profissionais gabaritados têm visto nesse setor a chance de trabalhar em projetos diferenciados, ter maior poder de decisão e margem de manobra para conseguir implantar novos serviços.

Quer saber mais sobre essa tendência? Continue a leitura!

O que são as fintechs?

As fintechs são startups que atuam no mercado financeiro, tanto disponibilizando serviços semelhantes aos ofertados pelos bancos tradicionais quanto comercializando “moedas digitais”, como a Bitcoin.

Como as fintechs comercializam basicamente serviços digitais e investem em tecnologia de ponta, elas reduzem toda a burocracia tradicional de um banco comum, como o excesso de papelada, reduzindo também os custos e as taxas pesadas que a maior parte das instituições financeiras cobram, se tornando, portanto, mais acessíveis a vários clientes.

Existem fintechs especializadas em oferecer financiamentos, opções de pagamentos, gestão financeira empresarial, crowfunding, criptomoedas, bancos digitais, entre inúmeros outros serviços que aliam personalização à tecnologia.

Justamente por isso, elas têm crescido de forma vertiginosa. Hoje, o Brasil é o oitavo país que mais investe nas fintechs, com uma movimentação de quase R$ 500 milhões em 2016.

Quais são as vantagens na parceria entre executivos experientes e as fintechs?

Devido a esse crescimento expressivo, muitas dessas fintechs procuram por mão de obra de alto nível, como é o caso dos executivos experientes que contam no seu currículo com passagem em grandes grupos e corporações internacionais.

Essa parceria traz vantagem para ambos os lados. Veja algumas:

Executivos

Para quem deixa uma grande empresa e investe nas startups, essa troca pode oferecer vantagens interessantes, como:

  • possibilidade de subir na hierarquia de forma muito mais rápida, já que não existe tanta burocracia interna nas startups;
  • perspectiva de ampliar o escopo de atuação, trabalhando em áreas de gestão e em outros setores ligados ao desenvolvimento de produtos ou serviços;
  • possibilidade de testar novas ideias e processos;
  • capacidade de adquirir novos conhecimentos e aptidões;
  • velocidade e facilidade em tomar decisões;
  • possibilidade de auxiliar na construção da cultura empresarial;
  • experiência de trabalhar em uma empresa sem tantas normas rígidas e burocracias, permitindo que suas ideias sejam testadas.

Alguns executivos têm receio em migrar de uma grande empresa para uma startup por acreditarem que isso colocará em risco a credibilidade do seu currículo. Para evitar esse problema, o importante é buscar por cargos que permitam ter mais autonomia e subir na hierarquia.

Ou seja, se em uma multinacional a atuação é distante da gerência ou da diretoria, ao optar por uma startup é possível trabalhar diretamente com os donos e ter uma participação muito mais ativa nas decisões.

Essa “guinada” na carreira é vista de forma positiva por muitos recrutadores, mostrando a orientação do profissional por desafios. Nem sempre é o porte da empresa que conta na hora de ter um currículo de peso, mas sim como o cargo é capaz de contribuir para o desenvolvimento da carreira e as experiências que ele agregará.

Fintechs

É claro que essa parceria também traz vantagens para as startups financeiras, como:

  • esses profissionais compreendem a mecânica dos serviços financeiros;
  • eles já têm conexões na área que podem ajudar a fintech a crescer e a conseguir incentivos financeiros;
  • os executivos conhecem os principais players do mercado;
  • os profissionais têm experiência em liderar e gerenciar pessoas, algo interessante principalmente nas fintechs que estão em expansão.

A principal vantagem que esses executivos oferecem é a experiência prévia para desenvolver operações e processos que ajudem no crescimento da startup e no fortalecimento do negócio.

Quais são os executivos que as fintechs procuram?

Para que essa parceria dê os frutos esperados é fundamental que as fintechs encontrem os executivos certos, ou seja, que estejam preparados para lidar com algumas flutuações do mercado e para trabalhar com um salário menor do que as multinacionais e com menos benefícios.

Além disso, muitas startups trabalham com equipes reduzidas e, por isso, esses executivos precisam estar preparados para colocarem a “mão na massa” e nem sempre contarem com assistentes pessoais ou outras facilidades.

Portanto, esse é um movimento mais indicado para quem está passando por um processo de transição na carreira, já que permite conseguir cargos hierarquicamente mais altos e de forma muito mais rápida do que em uma empresa padrão. Ou, ainda, no caso dos executivos que sentem uma forte identificação com o produto ou serviço que a fintech comercializa.

Para as fintechs, é importante que esse profissional tenha algumas características e habilidades essenciais, como:

  • capacidade de propor ações que contribuam com o crescimento operacional da startup, oferecendo rentabilidade para os acionistas;
  • visão inovadora, capacidade de empreender e senso de “dono” da empresa;
  • multidisciplinaridade e capacidade de adaptação ao universo das startups, com menos burocracia e muito mais velocidade na implementação de projetos;
  • formação mais flexível, com uma capacidade de aprender assuntos sobre várias áreas e colocá-los em prática;
  • capacidade de adaptação para atuar em um ambiente pouco estruturado;
  • iniciativa empreendedora, abertura para correr riscos e tomar iniciativas;
  • adaptação a uma cultura empresarial completamente distinta das grandes corporações.

Como deve ser o recrutamento e a seleção desses executivos?

Justamente por todos esses pontos que elencamos, o processo de recrutamento e seleção desses profissionais deverá ser feito de forma diferenciada — sempre lembrando que todo o procedimento poderá ser mais longo que o usual.

É importante que as fintechs não avaliem apenas a capacidade técnica dos candidatos, mas levem em conta as características pessoais que ditarão se aquele profissional conseguirá migrar do sistema tradicional para as startups. Outro ponto essencial é tornar as vagas atrativas para os executivos mais gabaritados.

Embora nem sempre o salário possa ser compatível com os valores das grandes multinacionais, existem outros atrativos interessantes que podem ser decisivos nessa escolha, como um plano de ações para que os executivos ganhem conforme a empresa for crescendo, com salários atrelados a ações da startup.

Essa é uma “jogada” arriscada, já que se a empresa for mal, os funcionários também acabam perdendo dinheiro. Contudo, pode ser bem motivadora para aqueles profissionais que têm no seu DNA o espírito empreendedor, ajudando-os a se dedicarem ainda mais para que os projetos e processos funcionem.

Os profissionais buscados pelas fintechs são aqueles com perfis verdadeiramente orientados por desafios, e isso precisa ficar claro já no processo de recrutamento e seleção, buscando encontrar pessoas que se adéquem a esse perfil e consigam evoluir junto da startup, entendendo esse novo movimento da economia e rompendo com antigos paradigmas.

Nas fintechs, esses executivos terão a oportunidade de estruturar operações e deixar a sua marca pessoal em um negócio que está em franco crescimento. Esse pode ser um dos principais atrativos da vaga, e é essencial encontrar profissionais alinhados com essa motivação.

E, então, gostou de saber mais sobre as fintechs e como elas têm se tornado uma opção interessante para os executivos mais experientes? Aproveite e compartilhe o este post em suas redes sociais!