A realidade atual requer líderes que tenham não só competências técnicas, mas habilidades comportamentais para saber conduzir grupos cada vez mais heterogêneos em relação a origens, […]
A realidade atual requer líderes que tenham não só competências técnicas, mas habilidades comportamentais para saber conduzir grupos cada vez mais heterogêneos em relação a origens, cultura, gênero, entre outros. Quanto sua empresa está atualizada neste ponto?
Quando se pensa em diversidade, logo vem à mente raça e orientação sexual, mas as diferenças entre as pessoas vão muito além, a exemplo de aparência, idade, crenças e personalidade, e esse conjunto de atributos precisa ser respeitado de forma igualitária entre todos os colaboradores para que todos tenham a mesma oportunidade e engajamento.
Os responsáveis pelos recursos humanos das organizações devem criar práticas internas que mostrem o quanto as diferenças fortalecem o trabalho e trazem ganhos para todos. O investimento na diversidade tem sido uma das principais preocupações das empresas na atualidade, pois isso reflete diretamente no ganho de produtividade. Colaboradores que têm a percepção de que trabalham em um ambiente que tem entre seus pilares a ética e o respeito entre seus profissionais, sem discriminação, são, comprovadamente, mais eficientes e performam melhor, pois têm abertura para exercer suas funções, desenvolver suas competências e contribuir com novas ideias e decisões do negócio independentemente de sua cor, raça, gênero, opção sexual ou religiosa.
O principal desafio dos gestores e, sobretudo do departamento de recursos humanos das empresas, é abolir qualquer disparidade que possa haver no tratamento de seus funcionários. Todos devem ter chances iguais de desenvolvimento, plano de carreira e salários e oportunidades de crescimento.
Cabe ressaltar que o papel do rh é fundamental, pois é ele quem vai preparar seus líderes para que saibam gerir equipes cada vez mais heterogêneas.
Nos últimos anos, com a popularidade e importância do assunto, as organizações passaram a se preocupar mais em ser socialmente responsáveis, até porque entenderam que as diferenças agregam crescimento e sustentam o futuro dos negócios. Por isso, os líderes devem ser trabalhados para modelar sua gestão conforme o cenário. Eles precisam saber valorizar culturas, faixas etárias, gêneros e personalidades diferentes. Essa visão ampla se dissemina para os demais colaboradores e certamente agrega melhores resultados.
Essas mudanças de pensamento já têm refletido em resultados para muitas empresas. Bons exemplos que podemos citar e que estão funcionando são políticas de equiparação salarial entre homens e mulheres e escolha de negros para cargos executivos. São pequenas modificações que afetam positivamente a cultura da empresa de inserção e respeito.
Izabel Araújo é Gestora de Talent Management, desenvolve trabalhos de Orientação e Transição de Carreira em nível executivo há mais de dez anos.