Ao considerar uma mudança, os executivos avaliam diversos fatores — não apenas o pacote financeiro, mas também aspectos como alinhamento cultural, oportunidades de desenvolvimento e qualidade de vida.
deBernt
O ano começou com um dado relevante sobre o comportamento da liderança: segundo a pesquisa deBernt Executive Intelligence 2025, 31,2% dos executivos afirmaram estar em busca de novas oportunidades. Um número expressivo, que confirma uma movimentação ainda intensa no mercado de quem está a frente nas empresas.
Mais do que volume, o que chama atenção é o perfil dos motivadores dessa movimentação. E é aí que os dados ganham profundidade.
O fator mais citado pelos respondentes foi a cultura organizacional alinhada aos seus valores pessoais (58,4%). Em seguida, aparecem pacote de remuneração competitivo (56,8%), desenvolvimento profissional (48,8%) e equilíbrio pessoal e profissional (41,6%).
Esse recorte mostra que, ao considerar uma mudança, os executivos avaliam diversos fatores — não apenas o pacote financeiro, mas também aspectos como alinhamento cultural, oportunidades de desenvolvimento e qualidade de vida.
Outro dado relevante: 18,8% dos respondentes afirmaram buscar crescimento dentro da própria organização. Isso sinaliza que, para além da movimentação externa, há também uma demanda por caminhos estruturados de evolução interna, algo que desafia as empresas a fortalecerem seus programas de desenvolvimento e sucessão.
Por outro lado, 8,6% consideram empreender ou atuar como conselheiros, evidenciando uma tendência de maior protagonismo na carreira, especialmente entre executivos que buscam mais autonomia ou um novo ciclo de contribuição profissional.
Diante desse cenário, o papel das organizações passa por apoiar decisões mais conscientes, seja na atração de talentos estratégicos, seja no desenvolvimento e retenção de lideranças-chave, ou ainda em processos bem estruturados de transição de carreira e reposicionamento executivo.
A movimentação está acontecendo. E com ela, novas formas de pensar liderança, cultura e futuro profissional.
Na prática, isso exige olhar estratégico, decisões consistentes e ambientes que favoreçam trajetórias com propósito e impacto real — seja para quem chega, permanece ou decide seguir um novo caminho.