Nos dias atuais, em que a Internet rege a vida das pessoas, a pergunta acima é bastante pertinente. Todos estão conectados virtualmente por meio de redes […]
Nos dias atuais, em que a Internet rege a vida das pessoas, a pergunta acima é bastante pertinente. Todos estão conectados virtualmente por meio de redes sociais para diversos objetivos, mas talvez a mais importante delas seja a que guarda contatos profissionais.
Normalmente, quando estamos trabalhando há muito tempo em uma mesma empresa, com uma certa estabilidade e diria até comodismo com a área de atuação e suas respectivas funções, deixamos de lado nossa preocupação em se manter ativo nas trocas de experiências sobre carreira nas redes.
Mas isto não é recomendável por especialistas. Principalmente nos últimos meses em que a crise econômica assolou o país e mexeu com o emprego de muita gente, inclusive com aqueles que estavam sossegados sem receio de precisar de uma recolocação, ficou claro que o chamado networking é muito importante.
Imagine ficar anos trabalhando em uma mesma empresa e, de repente, em meio à crise e ao desemprego, ser desligado e se ver em meio a tantos outros milhares de desempregados em busca de uma recolocação? A competitividade é alta e, por isso, somente um bom currículo nem sempre basta. Ter contatos nesta hora é de extrema valia.
O Linkedin, que é a maior rede social de contatos profissionais do mundo, atingiu e já ultrapassou a marca de 500 milhões de usuários e tem mais de 10 milhões de vagas de emprego ativas, segundo a própria empresa. Ou seja, é uma enorme oportunidade para quem está buscando uma recolocação. Mas, é preciso ter um perfil atualizado, seguir o máximo de empresas possível e, sobretudo, ter um grupo grande de conexões.
Embora a ferramenta seja valiosa, seu bom funcionamento demanda certo tempo e disponibilidade. Imagine alguém que esteja fora da rede social, fica desempregado e precisa iniciar do zero seu grupo de contatos? Isso não acontece da noite para o dia e também é preciso ser assertivo nas conexões, sem disparar convites para todo mundo. Por outro lado, se você já vem alimentando essa rede social há algum tempo, principalmente quando estava no auge da carreira, com estabilidade no cargo, a situação é bem diferente.
Fazer networking também tem regras e etiqueta. É muito ruim, por exemplo, você só pedir conexão ou mesmo convidar um contato para um café apenas quando estiver desempregado. É uma atitude desagradável e pouco apreciada. Deve-se procurar manter os relacionamentos sempre em dia e retomar a troca de ideias regularmente. O melhor momento para criar novos relacionamentos profissionais é sempre quando se está trabalhando porque tem bastante assunto para trocar e sua visibilidade é diferente.
Mas, não é somente de forma virtual que o networking ocorre. O modo mais tradicional de fazer novos contatos, que é pessoalmente, ainda vale e muito. E isso se dá, sobretudo, quando se participa de cursos, especializações, palestras e workshops em sua área ou correlatas. São ótimas oportunidades porque é possível conhecer pessoas do mercado, trocar experiências e ser notado.
Fazer MBA e GBA, por exemplo, não agrega somente como formação no currículo, mas amplia o grupo de convívio do profissional e a troca de experiências. É possível, inclusive, fazer esses cursos no exterior de modo virtual, em instituições renomadas, o que traz uma bagagem cultural e técnica bastante valiosa. Na hora de escolher qual fazer, é importante não apenas olhar para tempo de duração e valor a ser investido, mas principalmente o potencial de contribuição que esta especialização pode trazer para formar uma rede de contatos interessante.
Os relacionamentos interpessoais são de extrema importância para quem quer ter uma carreira de sucesso. Quanto mais azeitada for sua rede de contatos, melhores serão suas chances de recolocação em um momento difícil, ou até mesmo, de alçar novos voos quando se deseja partir para desafios diferentes.
Danielle Marin é Associate da De Bernt, atuando em consultorias de âmbito nacional e internacional com foco no mercado corporativo em gestão de projetos e consultoria no nível executivo e negociação empresarial utilizando técnicas de Coaching e PNL.