A crise política e econômica que o Brasil atravessa tem levado cada vez mais profissionais a desejar uma mudança para o exterior. Diante das manchetes de […]
A crise política e econômica que o Brasil atravessa tem levado cada vez mais profissionais a desejar uma mudança para o exterior. Diante das manchetes de jornais, a vida nos Estados Unidos, Canadá, Europa ou Ásia parece muito atraente. Porém, alguns cuidados são necessários para que o sonho não vire um pesadelo.
Existem três formas de efetuar essa mudança. A primeira, e pior, é por conta própria. Por que é ruim? Porque se você não tiver alguém que lhe encaminhe e recomende para uma boa colocação, e se estiver no país ilegalmente, vai acabar provavelmente num subemprego que em nada acrescentará à sua carreira. Essa situação dificulta sua volta pra casa – situação que nunca se deve descartar. Depois de alguns anos – em média cinco – será bem difícil se recolocar no Brasil, se você não tiver ganhos significativos no seu currículo, como falar e escrever bem em língua estrangeira, cursos e experiência profissional significativa para sua área de atuação.
A segunda forma é através de cursos de pós-graduação, que podem ser realizados integral ou parcialmente no exterior. O prazo normalmente é curto – seis meses a dois anos – e na volta você terá um bom acréscimo ao seu currículo. Essa viagem consegue ser mais estruturada e proporciona uma boa experiência. A partir dela, você pode saber se quer mesmo viver no exterior por um período mais longo.
Por fim, a terceira forma de se transferir para o exterior é através de uma empresa multinacional. Nela, você pode ser promovido para um cargo interessante fora do Brasil. Mas essa mudança esconde algumas armadilhas às quais é preciso estar atento. Por exemplo, tenha em contrato uma data para a volta. E, também, uma garantia de cargo nesse retorno, com salário no mínimo equivalente ao que você ganha no momento, atualizado. Afinal, você precisa aproveitar todo conhecimento que vai adquirir no exterior. Essas duas questões podem influenciar bastante seu sucesso futuro. Sem isso, existe uma boa chance de, quando você quiser voltar, não existir vaga para você na empresa. As opções seriam ficar por lá ou voltar desempregado. Eu mesmo conheço vários casos desse tipo. E então, o que era pra ser uma ótima alternativa de vida pode ser tornar uma decisão ingrata na sua carreira e na sua vida. Pense bem nisso.