O convívio entre diferentes gerações no ambiente corporativo é hoje mais comum do que há alguns anos. Nada mais natural. A expectativa de vida aumentou […]
O convívio entre diferentes gerações no ambiente corporativo é hoje mais comum do que há alguns anos. Nada mais natural. A expectativa de vida aumentou e hoje é perfeitamente natural que indivíduo chegue aos 60, 70 anos produzindo. A experiência acumulada acaba se contraponto à impetuosidade dos mais jovens. Isso não necessariamente precisa gerar o clássico “conflito de gerações”. Há outros caminhos e as empresas e profissionais que avaliam as vantagens dessa convivência só têm a ganhar, considerando que os objetivos de sucesso são comuns a todos.
Com a perspectiva de trabalhar por mais tempo, os profissionais maduros percebem a importância de estarem atualizados. Fazer cursos de curta duração, especializações e até novas faculdades estão no horizonte desses indivíduos. Isso sem deixar de lado o conhecimento adquirido no dia-a-dia. São esforços para evitar a perda do emprego para profissionais mais jovens, que tendem a ter salários mais baixos, uma vantagem aos olhos das empresas.
Por outro lado, os jovens estão entrando no mercado de trabalho após faculdades e pós-graduações, trazendo uma bagagem acadêmica considerável. Mesmo sem experiência, eles agregam novas ideias, novas percepções do meio digital e, habitualmente, uma boa dose de ousadia.
O desafio é fazer da convivência entre esses diferentes perfis um casamento produtivo. Entendo que isso pode acontecer se houver respeito mútuo e a consciência de que cada um tem algo a contribuir. Primeiro, é preciso ouvir o outro, numa atitude receptiva. Depois, refletir sobre o que foi dito. Por fim, desenvolver uma atitude de empatia, entendendo o posicionamento do outro, colocando-se em seu lugar e buscando uma resposta que satisfaça a todos.
Não é difícil perceber que, para a empresa, ter os dois perfis de colaboradores só pode ser positivo. A experiência vai garantir que a ousadia das novas ideias não traga prejuízos. A colaboração vai fazer com que as inovações sejam viáveis. As organizações que conseguem se estruturar para valorizar as qualidades de cada geração ganham uma significativa vantagem competitiva.
Ao dar espaço para que o que cada geração tem de melhor, elas conseguem reter talentos – de todas as idades. É uma preparação para o que virá em breve: ter nas mesmas empresas três gerações de profissionais – jovens, maduros e velhos. Que venham os novos tempos.