Conselhos de Administração

Notícia divulgada no jornal Valor Econômico fala sobre a decisão do BNDES daqui para frente, de indicar apenas conselheiros profissionais e independentes para as empresas onde […]

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Notícia divulgada no jornal Valor Econômico fala sobre a decisão do BNDES daqui para frente, de indicar apenas conselheiros profissionais e independentes para as empresas onde canaliza seus investimentos. A boa nova chega em momento bem oportuno, já que até então o BNDES normalmente indicava alguns de seus funcionários para representa-lo nos Conselhos de Administração onde mantém assento.

Isto significa que nas 116 empresas onde participa de Conselhos de Administração, o BNDES deverá indicar proximamente, no mínimo, esse número de conselheiros independentes.

Claro que haverá um ganho para as empresas que passam a receber conselheiros independentes do mercado profissional, já experientes, calejados e muitos de renome nacional, quanto para o BNDES, uma vez que seus funcionários poderão dedicar-se mais as coisas da própria instituição e que passará a ter a contribuição especializada de cada tipo de organização.

Como já sabido há muito tempo e largamente difundido pelo IBGC (Instituto Brasileiro de Governança Corporativa), conselheiros independentes normalmente são mais eficazes, uma vez que são escolhidos pela bagagem profissional específica de cada setor e pelas contribuições havidas no exercício de seus mandatos.

Nada contra a antiga prática, já que os funcionários indicados são profissionais competentes e qualificados, mas hoje temos muitos profissionais certificados pelo próprio IBGC, o que simplifica a busca e a escolha de Conselheiros.

Existem outras instituições que também formam Conselheiros, como a FGV e Dom Cabral, que realizam cursos de qualificação.  Eu mesmo já participei da busca e escolha de Conselheiros Independentes e muitas organizações já os escolhem, a partir de suas necessidades específicas e pela ancoragem profissional de cada um. Normalmente pela experiência técnica funcional quanto às competências nas respectivas áreas, como Finanças, Produção, Logística, Recursos Humanos e também pelo ramo de sua atividade Saúde, Metal mecânica, Varejo, Alimentação Agronegócio etc.

Assim, existirá uma grande demanda para estes profissionais, já que esta prática deverá estender-se para outras entidades, tais como Fundos de Pensão, Fundo de Investimentos entre outras instituições que também indicam conselheiros.  Então vale a pena refletir e pensar sobre o assunto e fazer sua certificação.

 

Por Bernt Entschev