Demitir um funcionário não é das tarefas mais fáceis. O gestor precisa ser firme, mas ao mesmo tempo saber levar o momento com bom senso para […]
Demitir um funcionário não é das tarefas mais fáceis. O gestor precisa ser firme, mas ao mesmo tempo saber levar o momento com bom senso para compreender a carga emocional do momento.
O colaborador que será demitido precisa sentir-se amparado e, se possível, ter a oportunidade de ser ouvido por profissionais especializados que possam auxiliá-lo a pensar naquele momento.
Segundo especialistas em recursos humanos, a demissão pode causar uma dor física similar à do luto pela perda de um ente querido. Por isso, a demissão deve ser planejada e, sobretudo, sinalizada. Ou seja, em hipótese alguma se deve desligar um funcionário sem que ele tenha tido a chance de saber que não estava fazendo um bom trabalho e tentado melhorar seus resultados. Ou, se a empresa estiver passando por um momento de reestruturação, o colaborador também não deve ser pego de surpresa.
Uma vez tomada a decisão de demitir, o processo deve ser rápido para evitar arrependimentos e também que a notícia vaze e o colaborador fique sabendo do desligamento por outras pessoas que não seu chefe direto.
Fazer o desligamento em uma sexta-feira, por exemplo, não é uma boa alternativa porque a pessoa passará o fim de semana remoendo a informação. Da mesma forma, evite demitir na volta das férias e recessos ou mesmo ao fim do expediente.
Ultimamente, as empresas têm tentado humanizar cada vez mais as demissões acompanhando seus gestores durante o processo, obtendo feedbacks sobre a trajetória do profissional que foi desligado, além de oferecer o benefício do outplacement para auxiliar na transição de carreira.
Ele traz vantagens para a empresa, que constrói sua imagem baseada na ética e responsabilidade social, e para o profissional, que recebe orientações sobre planejamento de carreira, autoconhecimento, alinhamento de propósitos e dicas para se comportar em entrevistas e processos seletivos e como montar um currículo atrativo. Também é possível auxiliar o funcionário que está sendo desligado e quer abrir o próprio negócio, por exemplo, mas não sabe por onde começar.
O outplacement tem a função de tirar o negativismo do profissional demitido e mostrar possibilidades que antes não pareciam claras.
Por Renata Perrone