Entre um café e outro, entenda o RH contemporâneo

Até há pouco tempo, nada era mais corriqueiro do que esbarrar em um colega de trabalho, durante um cafezinho, e puxar papo sobre o plano de […]

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deBernt deBernt

Até há pouco tempo, nada era mais corriqueiro do que esbarrar em um colega de trabalho, durante um cafezinho, e puxar papo sobre o plano de saúde, últimos benefícios oferecidos pela empresa, além de outras funções administrativas da área de RH.

Hoje, a conversa na copa evoluiu para temas mais interessantes como melhores práticas em se aplicar um feedback, de que forma o coaching tem ajudado no dia a dia, além dos aprendizados “daquele” workshop sobre os líderes do futuro. Esse novo comportamento faz parte da nova gestão de recursos humanos, que passa a assumir uma posição central e estratégica na performance das empresas.

O que as corporações querem hoje é que a área de RH, assim como as demais diretorias, esteja engajada com os objetivos do negócio, de uma maneira mais ampla.

A ordem agora é agregar valor aos produtos e serviços por meio do talento e experiência das pessoas, o que dá ao RH um papel importantíssimo em garantir um padrão elevado de desempenho que exige flexibilidade, agilidade e inovação – pontos fundamentais para se manter uma vantagem competitiva.

Diante deste cenário, a tendência é que cada vez mais as empresas vão assistir à descentralização das atividades do Recursos Humanos – o que vai refletir em uma forte eficiência organizacional. O que se espera é uma área de gestão de pessoas mais estratégica e focada no planejamento, transferindo a gestão de pessoas para os líderes da empresa. Todos ganham mais autonomia e agilidade na tomada de decisões.

Outra mudança que podemos acompanhar na área é a habilidade que passa a ser requisito para os gestores de pessoas: passar a adotar o coaching funcional, além da prática de feedbacks contínuo – o que faz toda a diferença para trabalhar o alto desempenho.

O RH passa a colaborar com métodos que facilitam o papel dos líderes, transformando-os em coaches para que disseminem o conceito para dentro do ambiente de trabalho.

O grande desafio, enfim, é estabelecer nas empresas uma nova cultura do papel do Recursos Humanos, como um grande “Agente de Mudanças”. É ele que deve preparar os líderes da organização para atuarem como gestores de pessoas no dia-a-dia e, assim, construir o ambiente corporativo para as transformações necessárias.

Na próxima pausa para o café, repare no tom das conversas entre os colaboradores. A copa pode ser um bom termômetro para medir a evolução das novas práticas do RH.

 

por Henrique Vailati, diretor de RH e Comunicação da Roche Diagnóstica